O mercado financeiro brasileiro teve mais um dia de otimismo nesta quarta-feira, 21 de fevereiro, com a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) registrando a terceira alta consecutiva e voltando ao patamar de 129 mil pontos. O índice Ibovespa, que reúne as ações mais negociadas, fechou em alta de 1,34%, aos 129.601 pontos, o maior nível desde 14 de janeiro. O volume financeiro negociado foi de R$ 32,7 bilhões.
Os principais fatores que impulsionaram o mercado foram a melhora do cenário externo, com os investidores globais mais confiantes na recuperação econômica após a divulgação de dados positivos nos Estados Unidos e na Europa, e a expectativa de avanço da agenda de reformas no Brasil, com o governo enviando ao Congresso o projeto de privatização dos Correios e a proposta de autonomia do Banco Central.
Além disso, os investidores também reagiram bem à aprovação da medida provisória que facilita o acesso ao crédito durante a pandemia e à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter a validade da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que limita os gastos públicos.
Entre as ações mais valorizadas do dia, destacaram-se as do setor financeiro, como Banco do Brasil (BBAS3), que subiu 4,82%, Itaú Unibanco (ITUB4), que avançou 3,62%, e Bradesco (BBDC4), que ganhou 3,17%. Outros papéis que se destacaram foram os da Petrobras (PETR4), que subiu 2,64%, após a empresa anunciar um lucro líquido de R$ 59,9 bilhões no quarto trimestre de 2020, e os da Vale (VALE3), que teve alta de 1,77%, beneficiada pela alta do preço do minério de ferro no mercado internacional.
No sentido oposto, as maiores quedas ficaram por conta das ações do setor de varejo, como Magazine Luiza (MGLU3), que caiu 2,86%, B2W (BTOW3), que recuou 2,67%, e Lojas Americanas (LAME4), que perdeu 2,18%. Essas empresas foram afetadas pela concorrência da Amazon, que anunciou a expansão de seus serviços no Brasil, e pela perspectiva de aumento da inflação, que pode reduzir o poder de compra dos consumidores.
Para os analistas, a tendência é de que a Bolsa mantenha o viés positivo nos próximos dias, desde que não haja novos ruídos políticos ou sanitários que possam abalar a confiança dos investidores. A expectativa é de que o governo consiga aprovar as reformas estruturais, como a administrativa e a tributária, e acelerar o ritmo da vacinação contra a covid-19 no país.
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